A ICC, a International Trade Union Confederation e o Global Citizen pedem que as Reuniões de Primavera do Banco Mundial e do FMI retirem as dívidas da equação COVID-19.

Em carta aberta, a Câmara de Comércio Internacional (ICC), representante institucional de mais de 45 milhões de empresas, a International Trade Union Confederation (ITUC), a voz global dos trabalhadores e o Global Citizen, um movimento de cidadãos que usam a sua voz coletiva para acabar com a pobreza extrema até 2030, instaram os Ministros das Finanças a utilizarem as Reuniões de Primavera do Grupo Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional para garantir que a dívida soberana não atrapalhe os esforços para combater o COVID-19.

Com muitos países em desenvolvimento a enfrentar a decisão de cumprir as obrigações de dívida soberana ou pagar para salvaguardar a vida e os meios de subsistência dos seus cidadãos, a Carta pede aos ministros das Finanças que forneçam alívio imediato das obrigações da dívida e financiem o Catastrophe Containment Relief Trust.

A Carta refere: “Nenhum país deveria ter que escolher entre atender ao pagamento das dívidas soberanas ou pagar enfermeiros e comprar ventiladores, e o financiamento da resposta multilateral não deve ser diluído pelos pagamentos a credores oficiais e privados.

Unindo forças para que nas Reuniões de Primavera haja uma coordenação de ações emergenciais sobre as dívidas, John WH Denton AO, Secretário Geral da ICC, Sharan Burrow, Secretário Geral da ITUC e Hugh Evans, CEO da Global Citizen escrevem:

“Sem uma ação urgente, vemos o risco fundamental de que uma série de incumprimentos da dívida exacerbe ainda mais a desaceleração económica sem precedentes, que já se tem vindo a desenrolar diante de nós e dê um golpe fatal na consecução dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.”

Os líderes ressaltam que o não atendimento urgente das necessidades da dívida e o financiamento dos países em desenvolvimento pode resultar em colapso fundamental dos sistemas sociais e económicos, além da perda em grande escala de vidas e meios de subsistência.

Como representantes dos trabalhadores, empresas e sociedade civil do mundo, não podemos deixar isso acontecer”, conclui a carta.

Leia o texto completo da Carta.

Veja aqui a notícia completa.

Partilhe esta notícia